quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Do tempo que não volta para trás


Às vezes olho para eles, de longe, e percebo que cresceram e que o tempo já não volta para trás.
Percebo que irão chegar a passos largos, os dias em que não lhes afagarei mais os lençóis à noite, nem saberei sempre por onde andam nem o que fazem. 
E nem tão pouco conseguirei acalmar-lhes os medos com um beijinho apenas, nem livrá-los de todo o mal, que a vida se encarrega de nos por à prova a todos, sem excepção.
Às vezes olho para os meus dois rapazes, e percebo que o tempo anda muito depressa...depressa demais. E que é sempre curto para tudo o que ainda quero desfrutar com eles nesta fase da vida. Esta, em que ainda andam por perto, e em que ainda lhes posso sentir o hálito quente enfiados na minha cama, e a palavra "adoro-te" colada ao meu ouvido.

Sei que os nossos filhos são do mundo e que educamos para que voem. Sei disso, e sei que terei feito um bom trabalho quando isso acontecer.
Mas também sei que o momento presente só se aprecia verdadeiramente, quando temos noção da sua finitude.
E essa tomada de consciência tem tanto de reconfortante, como de assustador. 
E de mobilizador também, porque nos impele a fazer melhor e a viver mais intensamente cada etapa. Como se fosse a última, simplesmente porque nenhuma se repete.
E acho que ainda bem.

MM

{Este post é um momento Limetree}

2 comentários:

Bi disse...

Penso taaantas vezes nisto! Em relação à minha filha e um bocadinho em tudo na vida! O tempo não volta atrás... Assusta-me! Principalmente porque passa tudo tão rápido... Se calhar se assim não fosse também não iria ter piada!
Um beijinho*

Dolce Far Niente disse...

Um grande beijinho, Bi.
E goze bem esta fase! :=)