Afinal enganei-me.
A gula não é o meu pecado mais visível.
A preguiça é. Basta olhar para o nome deste blog.
Em minha defesa, quero publicamente dizer que não sou preguiçosa. Mas que gosto de "preguiçar". São coisas diferentes.
Senão vejamos:
O preguiçoso é aquele que não gosta de trabalhar e ponto final. E na minha modesta opinião, não há beleza nem esmero em ser-se preguiçoso. Há tédio, desnorte e alguma dose de alheamento de si próprio e dos outros.
Já quem gosta de "preguiçar", é apaixonado pela arte de não fazer nada. E o ser-se apaixonado por alguma coisa pode ser, só por si, entusiasmante e glamouroso.
Escolher não fazer nada quando se tem um mundo de coisas para fazer é, das duas uma, uma irresponsabilidade ou um acto de sensatez a toda a prova. E é também o que distingue o preguiçoso, daquele que gosta de preguiçar.
E porque quero acreditar que encaixo na segunda box, estou convicta de que os momentos de paragem estratégica (como lhes chamo), são sinónimo de saúde mental, e a verdadeira chave para não dar em doida com 3 crianças em casa, uma chefe ligada à corrente, e mais meia dúzia de coisas e de pessoas que têm o dom de me sugar energia. Normalmente, aquelas que estão sempre "em modo ON".
Posto isto, sofro deste pecado mortal. Mas acho que não serei apedrejada na rua por ele. Nem vaiada.
Afinal de contas, quem confessa o pecado não merece castigo.
MM
MM
1 comentário:
Fica tranquila porque és normal! Quantas vezes tenho esse súbito desejo de deixar para amanhã o que podia fazer hoje, mas AZAR,!! não quero porque não me apetecee mai nada!?
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