segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Crise e Divórcio

Tenho ouvido dizer que nesta época de crise, há menos divórcios. Não porque os casais se amem ou tolerem mais, mas porque o casamento é um contrato, e não é estratégico denunciá-lo em tempo de vacas magras.
Respeito a decisão de manter um casamento por todas as razões e a todo o custo. Todas podem ser válidas, dependendo da perspectiva. Da experiência. Da maturidade. Do contexto.
Mas apesar de rejeitar generalizações, confesso que me assusta esta ideia, de que é possível e razoável, coabitar sem condições mínimas de convivialidade. Já para não falar de conjugalidade. Um palavrão para tantos "casados" (não "casais"), por aí.
É verdade que a mudança assusta. Assusta muito.
Mas assusta-me mais a falta de respeito. A intolerância com o outro. O vazio em que tantas relações se transformam.
E assustam-me os casamentos que se mantêm quando tudo falta. Quando nada é luz e tudo é sombra. Muitas vezes, em nome de um outro palavrão, tantas vezes também ele vazio - a estabilidade.
Continuo a acreditar muito nos casamentos. Mas acredito mais nas pessoas. Naquelas que tomam a decisão de viver verdades.
Tudo o resto, vem por acréscimo.

MM





1 comentário:

voltar de página disse...

deixo um smile para ti e para as tuas palavras :)