quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Caminho de Reis

Amanhã é Dia de Reis.
E logo depois, desmonta-se a árvore de natal, guardam-se as decorações festivas, arrumam-se os diversos presépios espalhados pela casa, e fecha-se mais um ciclo.
As escolas já todas recomeçaram, as manhãs já voltaram a ser barulhentas e frenéticas, as lancheiras, as mochilas, a natação, o basket, as catequeses, tudo voltou à rotina.
Quando consigo deitar as minhas 3 crianças (e calá-las), atiro-me quase em coma para o sofá novo da sala (obrigada mãe, mais uma vez!), e rezo para ninguém se lembrar da minha existência, porque se há horas do dia em que gostaria de ser invisível, são as primeiras da manhã e as primeiras do serão.
A parte boa de tudo isto, é que ao contrário de outros anos, que mais parecem noutra vida, voltar à rotina sabe bem.
E se sair dela é revigorante, regressar-lhe é muito reconfortante. Coisa que só descobri com esta provecta idade.
Acho que é por estas e outras, que nunca é demasiado tarde para nada.
Afinal, há coisas que se perdem com o tempo, mas há muitas outras que se encontram com a maturidade.
A serenidade é uma delas.
E certas certezas, também.
E a verdade, é que por mais sinuosos que possam ser certos caminhos, nunca ouvi falar de nenhum Rei Mago que se tenha perdido no trilho do seu destino.

MM