terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Memória Maior

Tenho andado a rever fotografias antigas.
E a lembrar as muitas viagens que fiz com os meus pais, e que por estar na idade do armário, nem sempre valorizei convenientemente.
Hoje, com 3 filhos pequenos e poucas hipóteses de correr mundo, penso nos destinos que visitei, e na leveza com que encarava cada viagem. A leveza que apenas a imaturidade sabe trazer.
Como se fosse sempre fácil pôr-me a caminho da Tailândia, da Amazónia ou de Cantão.
Fazer a mala e partir. Sem preocupações. Sem constrangimentos de nenhuma espécie, a não ser o namorado que ficava em terra.

Acontece que, mais ou menos madura, há uma infinidade de coisas que ficam para sempre.
E que marcam para sempre.
O ruído nocturno da selva, no meio do Rio Amazonas. E o pôr-do-sol que corta a respiração.
A paisagem selvagem das praias de Tulum.
Os areais infinitos da cidade de Natal.
Os tubarões-gato na Isla de Las Mujeres.
A magnitude do Buda de Ouro em Bangkok.
O mar azul a perder de vista das ilhas gregas.
A Praça Vermelha, em Moscovo. Praça encantada.
As centenas de bicicletas e de gabardinas amarelas, nas ruas de Cantão.
Os meus pais ainda juntos... A memória maior.


MM