sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Fechar o Ciclo

Amigos a sério, tenho poucos.
Assumo que nunca fui muito hábil na arte de cultivar as amizades, porque sempre achei que elas não se perdem. Quanto muito, transformam-se. Mas não é verdade.
Os amigos precisam de adubo, de abraços, de palavras nas horas doces e amargas. Precisam de telefonemas inusitados, de (in)confidências, de risadas e de choros, de lembranças e de experiências novas, de conversas sérias e disparatadas. 
E depois, há sempre os que se perdem no caminho, porque não eram para ser. Como nos amores.
Tenho tomado muitas decisões nos últimos tempos, umas maiores que outras. Todas importantes. Uma delas, é cultivar as amizades que valem a pena ser nutridas. Porque quando a vida se revela e quando nos revelamos perante a vida, há amigos que se vão para sempre. Fechamos o ciclo, saramos a ferida e avançamos.
Mas também há os que ficam, e os que se juntam. São aqueles que nos aceitam e que nos acolhem, inteiros ou aos bocados, porque nada disso importa, afinal.
São esses Amigos que escolho. Os que permanecem, sempre. E é essa amiga que também escolho ser. 
Dos outros, despeço-me de vez.
Fecho o ciclo.
Saro a ferida.
E avanço.

MM