Hoje deu-se a coincidência de ter Dentista e Manicure no mesmo dia.
Para quem não é paranóica como eu, arranjar as unhas pode ser uma actividade relaxante e, admito, até agradável.
Acontece que se há coisa que detesto é que me mexam nas unhas das mãos ou dos pés.
O pânico é de tal ordem, que cai na estupidez e roça a perturbação mental, já o dizia a minha mãe quando quase tinha que me atar num colete de forças para me curtar uma única unha... A verdade, é que estas fobias são superiores a qualquer explicação racional, e se há quem tenha pânico de andar de avião, de sujar as mãos, de cães, de pessoas, de pombos e sei lá que mais, é legítimo odiar unhas.
Mas não podendo deixá-las crescer até ao infinito, lá me rendi à arte da manicure e da pedicure, antes que agredisse a minha mãe, quando tenta desencravar-me uma unha do pé, ou que me auto-mutilasse quando experimento fazê-lo sozinha, tensa e agoniada.
Mas sofro, meus amigos. Sofro.
Prefiro parir os meus 3 filhos outra vez, que arranjar os pés! Transpiro, retorço-me na cadeira, faço esgares de aflição e escondo a cara com revistas que acabam por debotar na pele, com o calor.
E quando finalmente termina a sessão de tortura, estou exausta e esvaída em suor, a precisar de uma sala de recobro pós parto.
Entre a ida ao Dentista ou à Manicure, mil vezes o Dentista! Onde tudo é agradável e relaxante. Onde finalmente posso descansar, recostada numa cadeira 5 estrelas...
MM
