segunda-feira, 29 de agosto de 2011

As Coisas que Realmente Importam

A minha pipoca mais pequena está doente, quietinha na cama.
É nestas alturas, mais do que em qualquer outras, que percebo quão frágil é a vida, e quão ridículas são muitas das preocupações e das angústias que nos assolam a todos.
A vida nem sempre é fácil, é certo. Quando menos esperamos, e por vezes nos momentos em que nos sentimos a salvo de qualquer agrura, aparece uma qualquer surpresa menos boa, que nos inunda e nos tinge a vida de cinzento.
Mas também é verdade, que muitas das nossas tristezas do dia-a-dia são fruto de mesquinhices, às quais damos demasiada atenção. E enquanto a vida não nos para com coisas seriamente vitais, vamos permitindo que outras, sem qualquer importância (mas aparentemente cruciais), nos manchem o dia de cores escuras, e nos impeçam de ver os pequenos milagres que vão acontecendo, todos os dias.
Quando um dos meus filhos adoece, a vida para-me. Diz-me que nada (ou muito pouco) do que me atormenta, é importante. Acho que é esta capacidade, comum a todas as Mães, que nos liga, umas às outras, numa linha ténue, mas sólida. E também acho que é isto que faz mover o mundo na direcção certa - este vislumbre (por curto que seja), das coisas que realmente importam.

MM