terça-feira, 31 de outubro de 2017

O movimento Mulheres de Prata está a crescer!


Hoje de manhã na Rádio Renascença, com a Carla Rocha e o Renato Duarte

Há oito meses criei o grupo de facebook Mulheres de Prata, porque queria que alguém me acompanhasse na "viagem" (até ali solitária), de deixar de pintar o cabelo e aceitar os meus grisalhos. O grupo foi criado em Fevereiro e desde aí não tem parado de crescer: conta já com mais de 2300 mulheres, umas já "prateadas", outras a caminho, umas a ganhar coragem, outras interessadas pelo tema. Todas, vos garanto, investidas numa causa maior: o direito das mulheres de poderem escolher em liberdade e livres de preconceitos, a imagem que querem ter.
Tive hoje o privilégio de ir falar sobre o tema à manhã da Renascença e, por uma coincidência feliz, o movimento Mulheres de Prata está também hoje a ser referido como um exemplo de sucesso numa tese de Doutoramento sobre o empoderamento das mulheres na blogosfera, na Universidade de Sevilha, pela querida Susana Wichels.
Quero acreditar que isto pode crescer, que podemos ser muitas mais e que através da "simples" aceitação do nosso cabelo, podemos derrubar preconceitos, quebrar barreiras e rever alguns tabus sobre a beleza e o envelhecimento das mulheres. Quero acreditar que todos nós podemos fazer a nossa parte, por mais pequena e às vezes ridícula que possa parecer, basta acreditar e fazê-lo com o coração. E agora perdoem-me a lamechice, mas a energia boa que recebo todos os dias das mulheres de prata do grupo, é a prova provada de que juntas somos mais fortes e podemos tudo.

10 comentários:

Francisco o Pensador disse...

Não percebi. As mulheres não possuam já o direito de poderem escolher, em liberdade e livres de preconceitos, a imagem que querem ter?

Anónimo disse...

Francisco, claro que têm toda a liberdade para fazerem o que quiserem. Infelizmente, os amigos, familiares, colegas de trabalho também têm a mesma liberdade para opinar sobre essas escolhas. "Já estás a ficar com brancas, devias pintar o cabelo". " Experimenta fazer madeixas". " " Se deixasses crescer o cabelo ficava te melhor." " Achas que essa saia te fica bem?""Estás a precisar de dar um jeito às unhas, por que não aplicas gelinho? Eu dou te o contacto da minha esteticista." É podia ficar aqui um dia inteiro a falar sobre a " liberdade" das mulheres, livres de preconceitos em relação às imagem.

Anónimo disse...

Desculpa lá Marta mas não gostei do post. E concordo com o comentário anterior, até parece que não tinham liberdade. Ou pior quem lê pode ficar com a ideia de que agora se deve não pintar o cabelo etc etc. Sempre houve mulheres que optaram por não pintar e qual o problema? Nenhum. Agora não me venham com tretas: eu pessoalmente vou continuar a pintar o meu, tal como ponho base,rímel, Baton(que tu tanto)gostas,sombras, pintar as unhas, penteados novos, ver as tendencias da moda...enfim para mim ser mulher também passa por isso. Por esse lado fútil. Tão fútil como dizer que há várias seguidoras da tendência cabelos de prata. Com toda a liberdade. Lua Azul

Dolce Far Niente disse...

Cara Lua Azul, com franqueza não percebi a sua indignação com o post. Sempre fiz questão de dizer que não sou fundamentalista e que toda a gente tem o direito de fazer o que entender com a sua imagem. A premissa deste post, aliás, é essa. Já escrevi várias vezes que não pretendo catequizar ninguém, mas esta é a minha escolha e tenho todo o direito (e liberdade, já agora!), de escrever sobre ela num blogue meu e num grupo de FB que criei e que só adere quem quer. Não deixa de ser curiosa a sua indignação...pergunto-me se, afinal, temos efectivamente a liberdade de escolha...é que pela sua resposta não parece....

Dolce Far Niente disse...

Olá Francisco,
Faço minhas as palavras da leitora anónima do comentário de 2 de Novembro, às 20h56. Há muitas formas de liberdade e também há muitas formas (mais ou menos claras) de nos vermos privados dela.

Um abraço!

Anónimo disse...

Se não é fundamentalista,porque anda em todo o lado a "angariar" seguidoras?E até tem que ir a um programa falar nisso?Em boa hora aboli o Facebook,agora anda tudo em a reboque,nos temas,line ...não há pachorra!Detesto andar a reboque,sempre fui assim e serei até cá andar,eu é que decido o que gosto e se me fica bem e não os "grupos" de A e B percebe?

Anónimo disse...

Tenta influenciar e não só, tenta dar a volta aos comentários caso (Lua Azul),para ficar sempre com a razão,ou seja só a sua maneira de pensar é que prevalece.

Anónimo disse...

Marta, talvez eu não tenha percebido a tua ideia, então.Desculpa se te ofendi. Lua Azul

Francisco o Pensador disse...

Dolce fare niente (e anónimo das 20:56), penso ter compreendido. Embora a mulher tenha o direito de escolher, ela acaba sempre por sentir a pressão exercida pela sociedade logo que essa escolha não seja algo comummente aceite...e o objectivo dessa sua iniciativa é mobilizar a opinião pública em torno desta questão para que a mesma possa ganhar força, a fim de tornar o efeito "cabelo de prata" (e outros já agora) menos irritante ou menos reprovável aos olhos dessa mesma sociedade. Em suma, banalizar essa questão.
Ainda assim continuo sem entender essa necessidade constante de termos que nos justificar perante os outros como se tivéssemos uma qualquer divida por saldar. Poderemos nós sentir-mo-nos verdadeiramente livres enquanto seres humanos se tivermos que justificar a cada passo todas as opções que decidimos tomar na nossa vida?
As coisas só valem pela importância que lhe damos, certo? :)

Um abraço.

Anónimo disse...

"...que podemos ser muitas mais e que através da "simples" aceitação do nosso cabelo, podemos derrubar preconceitos, quebrar barreiras e rever alguns tabus sobre a beleza e o envelhecimento das mulheres..."

Ou seja, acha que as pessoas que pintam o cabelo o pintam porque o cabelo branco não é bem aceite pela sociedade? Pode acontecer com algumas mas diria que uma boa parte o faz porque não gosta de o ver branco. Em relação à aceitação do cabelo branco, não entendo porque acha que temos de deixar de pintar o cabelo e aceitar simplesmente que é assim. Isso é a sua opinião, por isso acho muito bem que o faça, agora impingir às pessoas que isso é o que deve ser feito para nos aceitarmos como somos? Enfim..