sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Grávida sexy [é possível?]


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Passei três gravidezes sem jeito nenhum, investindo quase só em pijamas XXL {porque estive muitas horas de cama}, e com roupa francamente acima do meu tamanho, mesmo estando grávida e muito redonda.
Enfiei na cabeça que este "estado de graça" valia por ele próprio, e que não era preciso investir em mim enquanto mulher, porque era só mãe naqueles nove meses. Uma mãe que pode estar pouco cuidada porque, afinal, ainda há quem ache que "mães à séria" são aquelas que não têm tempo para cuidar delas próprias, nem para investir nelas próprias, porque tudo - absolutamente tudo - só pode girar à volta dos seus rebentos.
Entrei nessa jogada perigosa durante anos demais, apenas {e sublinho, apenas}, por culpa minha. A insegurança dos meus primeiros anos de maternidade, a tendência inata que tenho para agradar a gregos e a troianos {ainda que me esquecendo de agradar a mim primeiro}, e a confusão que estas mudanças nos causam, toldaram-me o raciocínio durante tempo demais. No pós-parto de um dos meus filhos, valeu-me a honestidade de uma amiga, que vendo-me num tal estado miserável, me sugeriu uns modelitos diferentes, já que a minha infelicidade estava estampada na cara, para quem perdesse dois segundos a olhar-me com mais atenção.
Não deixa de ser curioso que nesta quarta gravidez, com 41 anos e um corpo a anos de luz do que já foi, esteja a ser o momento para me conciliar com a grávida que queria ter sido e que nunca fui capaz de ser.
Estou grande, sim. E com vontade de vestir e de calçar muita coisa que já não consigo. Mas estou em pé, ponto número um. Ponto número dois, faço um esforço diário para não me deixar entrar nesta maldita zona de conforto que tende a enfiar-me em calças largueironas {mas confortáveis}, em camisolas gigantes {mas confortáveis}, em sapatos-barco {mas confortáveis}. Até porque é possível estar confortável, sem parecer matrafona. Quero acreditar que sim.
Às vezes, tenho uma voz estridente que me diz ao ouvido que este corpo avantajado já não brilha com quase nada e que, nesta fase, de pouco adianta tentar sentir-me sexy, porque não estou. E há dias em que o meu "piloto automático" se deixa abater com esta maldita voz, que me amarfanha. Mas a idade e a experiência também trazem coisas boas e há males que, definitivamente, não queremos repetir. E há o homem da minha vida a dizer-me, vezes sem conta, que sou a mulher mais bonita do mundo. E  eu, tonta que sou, acredito...

7 comentários:

Mary Silva disse...

E é sim uma mulher muito bonita.

Anónimo disse...

Não acho que esteja "grande".
Está linda, isso sim! A gravidez fica-lhe bem :)

da cidade pro campo disse...

E acredita sim que estás linda. Eu, modéstia à parte que não sou nada destas coisas, apostei no sexy aquando da gravidez, peças coladas ao corpo para evidenciar a barriga que eu amava. E foi maravilhoso. E contigo também será, porque a felicidade de dentro está a transparecer para fora!
Beijo grande...és uma corajosa, já to disseram?!

Anónimo disse...

Está linda, Marta! E não tenha qualquer duvida que para o seu marido é a mulher mais bonita do Mundo! Muitas Felicidades.
Cláudia

Ana M disse...

Está linda e com a felicidade estampada no olhar! Beijinho grande e desejo que continue de pé até ao fim :)

Bailarina disse...

é lindíssima mesmo!
e está linda grávida, por isso aposto a acredite em ser uma mulher elegante e sexy, mesmo com camisolas XL.
Felicidades

cheek disse...

Todas as grávidas são bonitas, tem uma luz interior que brilha mais forte que qualquer outra mulher "iluminada"! Mas a Marta é sem dúvida uma mulher muito bonita, e eu que só a conheço por aqui e já depois doa 40 posso garantir-lhe que é uma grávida mais sexy que muitas de 20! Como se diz cá no Porto, está "impecabel" ;)! Beijinhos e muitas felicidades