segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Tu, que me aturas todos os dias

Nestes dias de exaustão profunda, sobras-me tu. A quem segredo angústias e com quem desespero de mais da conta.
Ouves as minhas lamúrias e inseguranças, e só lhes dás a importância devida, porque dar de menos é motivo para amuos perigosos, e dar de mais, é fazer escorregar no tempo o que já não tem interesse.
És milimétrico nas guerras que compras comigo, porque já basto eu para comprar ao desbarato. É quando te ris das minhas parvoíces, quando me abraças mais fortemente, ou quando me avisas que já estou em roda livre, e que mais vale respirar fundo e relativizar.

Estes primeiros dias do ano lectivo tornam-me intragável, a verdade é essa. Valem-me os meus filhos em casa, tu ao meu lado, e termos sido tios pela primeira vez. De uma Glória.