terça-feira, 29 de setembro de 2015

Tenho 41 anos, sou mãe de 3 filhos e ainda mando no meu corpo

Poderia ter escolhido uma foto mais glamourosa para este meu terceiro treino com o Rodrigo Ventura. Uma que não mostrasse o que realmente sofro de cada vez que o tenho por cá. 
Poderia dizer que são tudo flores e que a coisa se faz bem. Que o exercício físico é altamente terapêutico, que até custa menos do que esperava e que me sinto super entusiasmada antes de cada treino começar.
Tretas. Custa-me horrores fazer cada exercício, e pouco tempo antes da hora marcada, a minha mente começa a inventar desculpas mirabolantes para adiar o treino: uma reunião fora de horas, os TPCs dos miúdos, uma inundação na cozinha, um alien aterrado na minha sala, uma reunião de condóminos de que me tinha esquecido, uma diarreia incapacitante. Qualquer coisa que adie a dor que aí vem.
A verdade, é que nunca liguei a desmarcar nenhum treino, porque nunca tive coragem, mais do que por qualquer motivo nobre. E a verdade é que é sempre um alívio quando termina. Um alívio parecido com o que sinto sempre que acabo de correr, feito de superação, de dores no corpo e de cabeça limpa de lixo fabricado por mim.

[Rodrigo, um dia falarei aqui sobre as vezes que fingia desmaiar para ficares em pânico a achar-me morta, ou sobre os livros que lemos os dois, fechados naquela espécie de Biblioteca lá de casa. Um dia. Hoje, só te agradeço pelo presente, mas um dia, agradecer-te-ei pelo passado. E pelas vezes que me salvaste sem teres nunca dado conta]

1 comentário:

Raquel disse...

Força, muita. Bem preciso dessa força!