quinta-feira, 5 de março de 2015

Hoje fui sozinha [mas fui]

Hoje treinei sem a companhia da Ana, e custou-me.
Ainda assim, percebi que o meu compromisso para sair de casa e correr, já não é com ela, mas comigo mesma. E que é de mim que tenho que me valer sempre que me proponho a ultrapassar-me, muito para além da corrida.
Constato que os amigos e a família são o meu suporte básico de vida, o meu porto seguro de todas as horas, mas é comigo que estou, sozinha num lugarejo cá dentro, sempre que me desafio. E que é com os meus medos e com a minha vida interior que conto, sempre que tenho que gerir o mundo que me rodeia e os fantasmas que teimam em perseguir-me. Aqueles que me dizem que não sou suficientemente boa, nem suficientemente focada.
Não corro para ser mais magra, nem pelo exercício físico apenas. Corro para me sentir capaz. Porque se correr só mais um quilómetro, consigo fazer isto, se correr até ali ao fundo, consigo fazer aquilo, se correr uma meia maratona, consigo fazer tudo aquilo a que me propuser. Se não desistir, apesar do esforço, das dores, da falta de ar e do cansaço, não desisto de nada na vida. Sou uma super-mulher, sou invencível.
Não quero saber se isto é infantil, se é ilusório, se são as endorfinas as fazer das suas. Cagei. Há muitas desculpas para não sair do sofá e essa, não será a minha.

1 comentário:

Sara Nachmazov disse...

Admiro as pessoas que conseguem correr muito... Tenho de começar a fazer o mesmo!