domingo, 30 de novembro de 2014

Duelo de titãs


Quando corro sozinha, ouço sempre duas vozes. A que me diz para continuar sempre, para não desistir por nada, a que me lembra que a sensação de plenitude no final de um treino é quase tão boa como um bom orgasmo. E depois, a outra. Aquela que me mói a cabeça dizendo-me que não tenho que provar nada a ninguém. Que não faz diferença correr mais 1km ou parar naquele instante. Que não há razão para tamanho esforço. Que nunca fui boa a correr. Que sou uma parva.
Normalmente, mando esta ultima às urtigas. E talvez seja por isso que no final de um treino, saio sempre mais forte. Mesmo que quase incapaz de me mexer.
Como hoje.

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