domingo, 5 de outubro de 2014

Gozar a vida

Embora não pareça, ontem andei quase duas horas de bicicleta, uma delas no mato.
Valeu-me uma descida descontrolada, uma queda aparatosa entre ovelhas, bolotas e sobreiros, e nódoas negras numa perna e num braço.
Também me valeu a sensação ímpar do vento a bater-me na cara e o silêncio sepulcral que se instala no meio do campo. Aquele que põe todas as nossas dores em perspectiva, que a magnitude da Natureza cala-nos todas as maleitas.

Foi preciso chegar a esta provecta idade para aprender a desfrutar. 
Ainda bem que a vida esperou por mim.



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