domingo, 1 de setembro de 2013

A rentrée cá de casa

No dicionário dos pais, Setembro é sinónimo de recomeço.
Recomeçam as escolas, as rotinas familiares, os TPCs e as sessões {mais ou menos forçadas} de estudo, a correria para as actividades extra-curriculares, a luta contra o tempo de manhã, os serões a fazer mochilas e a minha exaustão a partir das onze da noite.
Neste Setembro, em particular, a minha filha entra no 1º ano e pela primeira vez em muitos anos, esta família deixa o pré-escolar definitivamente.
Com três filhos na "escola dos crescidos", dou-me conta de um vazio estúpido que me invade. Uma nostalgia agridoce que me confronta com o facto de já não ter bebés em casa, dos putos estarem a crescer a um ritmo alucinante e da lei da gravidade começar a ter efeitos directos nos meus membros superiores e inferiores e no meu duplo queixo.
Apesar disto, gosto do rolar do tempo e das marcas que vai deixando na minha família e na minha pele. 
Sinto um friozinho bom na barriga sempre que me lembro que a minha princesa está a ganhar asas para o mundo lá fora, e um orgulho imenso quando olho os meus rapazes e percebo que caminham a passos largos para a autonomia. E se há dias {e momentos} em que me assusto, na maioria das vezes não duvido das coisas boas que o futuro lhes reserva.

No dicionário dos pais, Setembro é sinónimo de recomeço.
No meu, é sinónimo de mudanças galopantes. E de frios bons na barriga, que antevejo um futuro luminoso.




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