sábado, 13 de julho de 2013

Destes dias com pouco sol...

Hoje esteve um dia de praia "mete nojo". Que é o mesmo que dizer, sem frio e sem sol.
Como boa portuguesa que sou, meti-me com uma amiga num centro comercial da zona a explorar os saldos da época, e trouxe comigo umas havaianas deslavadas, depois de me saltar a que tinha nos pés. Tinha 3 anos de existência e desistiu de viver.
Ao final do dia fomos teimosamente até à praia, apesar das nuvens carregadas e do vento frio gritarem para estarmos quietos. Claro que me fiquei pelo conforto do carro, a acabar as últimas dez páginas do livro da Catarina Beato {que adorei e que li em dois dias}, na companhia do meu filho Vasco que gosta tanto de praia fria como eu.
Esperámos cerca de uma hora pelos corajosos que teimaram em ir para o areal, e tive tempo para exercitar o meu lado voyeur com os veraneantes que entravam e saíam da praia. Os que vinham claramente enamorados pelos parceiros ou pela vida em geral {tanto faz!}, os que apareciam a discutir em alta voz, os que traziam a casa às costas e não se importavam com isso e os que vinham marrecos dos pesos da vida, o namorado que apalpou o rabiosque à namorada {e que foi bem acolhido}, o cavalheiro da música aos altos berros a lembrar os carrinhos de choque, o casal estrangeiro acompanhado da filha adolescente, claramente farta daquelas férias.
Não tenho pejo em dizer que gosto de observar sem ser observada, assim como me dá um prazer dos diabos estar sentada no carro uma hora, sem fazer nada. A ver as vistas ou, simplesmente, a pensar na morte da bezêrra.
Quem está {como eu} há quase três semanas com três filhos 24 sobre 24 horas por dia, preza qualquer lampejo de silêncio e de paz, e um carro fechado cumpre lindamente o objectivo.
Amanhã continua esta vida pesada de férias, que não me importo nada que dure para sempre.
Vão passando por aqui!


MM


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