sábado, 29 de setembro de 2012

Fantasmas de estimação

Posso dizer que sou uma mulher feliz.
Claro que tenho os meus dias e os meus momentos, como toda a gente.
Aqueles em que sinto que podia ser uma versão melhorada de mim própria.
Aqueles em que me olho de frente e em que percebo que tenho kilómetros à minha frente de aprendizagens com os outros e de batalhas comigo própria. E em que percebo, friamente, que apesar de todo o caminho já percorrido, ainda moram comigo medos antigos que às vezes ressuscitam do mundo dos mortos, e me assombram mais uma vez. Como se a Vida, essa senhora sábia e às vezes implacável, me quisesse provar uma e outra vez, que há exercícios que são eternos.
 
Estas duas últimas semanas têm sido isso mesmo. Exercícios de reencontro com velhos fantasmas: o medo de falhar, o medo de não ser capaz, o medo de não estar à altura, o medo da crítica.
E é nestas alturas em que volto a parar e em que acedo a "(re)pensar-me", que relembro as pequenas vitórias que já conquistei. Algumas delas aparentemente impossíveis, quase titânicas.
E em que percebo, mais uma vez, que terei de aprender a conviver com os fantasmas, meus amigos de estimação. Que às vezes mais parecem pulgas, afinal.
 
MM

5 comentários:

Maria do Mundo disse...

Gostei...fez-me pensar-me!

Carlos Baptista disse...

.....e mais não são do que pulgas mesmo!!!!

Marisa Luna disse...

As pulgas de estimação, os tais fantasmas, aparecem e desaparecem na nossa vida e deixam-nos assim, pensativas.
É uma mulher linda e forte e, de certeza, que esses fantasmas acabam sempre por se assustar com uma mulher linda que não tem medo deles, porque assume que eles existem.
E isso é já uma vitória.
Beijocas

Dolce Far Niente disse...

Carlos, um grande beijinho! :=) Obrigada pela força.

Dolce Far Niente disse...

Marisa, obrigada pelas suas palavras que me sabem tão bem! :=)
Um grande beijinho para si!