quinta-feira, 26 de julho de 2012

O maior luxo das Mães

E para enganar a depressão chamada "síndrome das férias que terminam", fui jantar ao Le Chat com o meu homem.
Isto de estar em modo "kids-free" tem este luxo de podermos dispor do tempo sem salamaleques de nenhuma espécie.
Basta força anímica, boa companhia, uns euros para gastar sem medo e aí vamos nós. Sem limite de horários, nem de birras para comer a sopa, nem de preocupações com o barulho que causamos ao vizinho da mesa do lado, nem nada de nada.
E se a culpa nos persegue quando deixamos as crias em casa para cometermos pequenos "pecadilhos" destes, ela desparece quando as crianças não estão. Sensação ambivalente de excitação e de vazio, mas esqueçamos isso por momentos. 
A verdade, queridas companheiras de jornada, é que sabe MUITO bem!
Afinal, temos finalmente tempo para ver a lista com calma. A roupa a salvo de nódoas de ranho, baba e afins. Conversas intimistas. Beijos e abraços. Disponibilidade para observar a paisagem, o parceiro, os casais das mesas do lado. Cabeça para ouvir o nosso homem numa conversa com nexo e sem interrupções de nenhuma espécie. Tempo para flirtar com o homem da nossa vida e para fazermos declarações de amor, se nos apetecer. E para as ouvir também, de preferência. Liberdade para beber uma caipirinha e para ficarmos alegres. E elasticidade mental para regressarmos a casa e continuarmos o namoro. Ou para cairmos para o lado, como nos souber melhor.
Afinal, o tempo é nosso - o maior luxo das Mães que ainda não se esqueceram que continuam a ser Mulheres.
Eu não me esqueci.

MM

4 comentários:

Susana disse...

E que bem que sabe e tão importante que é. É isso mesmo.

Anónimo disse...

Olá! Tens alguma sugestão fixe de quintas para casamentos nos arredores de lisboa? Bjs e obrigado!

Helena Barreta disse...

Nem a propósito, a partir de hoje e durante 26 dias é o que me vai acontecer. O meu filho partiu de férias, vai descobrir a Europa no seu primeiro Inter-Rail.

Um beijinho

GuessWho disse...

Somos mães, mas também mulheres e precisamos de viver também esse nosso lado para termos o equilíbrio e felicidade para sermos melhores mães. Costumo dizer que uma coisa boa do divorcio é uns fins de semana que as minhas fulgiras vão para casa do pai, apesar de sentir sempre a falta delas. Pior mesmo, é quando vão de férias...os primeiros dias tento-me convencer que também preciso de tempo para mim, para ser Mulher, namorar, andar por aí...mas depois chega a doer o peito do vazio que causa essa ausência. Enfim, somos mulheres:D